O SENHOR É CONTIGO, HOMEM VALOROSO...

"NÃO TENTE SE TORNAR UM HOMEM DE SUCESSO. EM VEZ DISSO, TORNA-SE UM HOMEM DE VALOR." - ALBERT EINSTEIN

domingo, 30 de maio de 2010

A CONVERSÃO

A mim, que dantes fui blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade. E a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e amor que há em Jesus Cristo – 1Tm1.13,14.
Introdução – Estamos hoje vivendo uma das mais agudas crises ministeriais de todos os tempos, e está é uma das razões do ministério cristão estar em crise é a grande quantidade excessiva de ministros não convertidos ocupando o santo ministério – Leia – (1Sm2.12). Isto é grave, são homens que entrarão para o Evangelho, mas que ainda o Evangelho não entrou nele; Homens que carecem de uma profunda experiência de salvação em Cristo.
Não esqueça, dentro da Igreja existem pelo menos “quatro tipos de crentes”:
1. Conformado – com o mundo;
2. Deformado – com o pecado;
3. Reformado – com a religião;
4. Transformado – mudança radical, convertido a Deus.
“O EVANGELHO DA GLÓRIA DO DEUS BEM AVENTURADO” – V11
Paulo em sua exposição começa mostrando a Timóteo o que o Evangelho de Jesus Cristo pode realizar e fazer na vida do Homem; E também destaca em sua exposição pessoal destaca três coisas que são exclusivamente atribuídas a Deus para com a vida do homem; Vejamos os três benefícios estreitamente relacionados:
1. E dou graças ao que tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso – “Capacitação”; Paulo por si só, nunca poderia alcançar o significado para o Reino de Deus que ele alcançou, sem a forca capacitadora de Deus em sua vida.
2. Porque me teve por fiel – “Consideração”; Paulo aqui reconhece que após sua conversão Deus o teve por digno de confiança de receber a tarefa de ser o que levaria o Evangelho aos gentios e outros mais sobre a face da terra.
3. Pondo-me no ministério – “Designação”. Paulo aqui destaca sua designação para o ministério de Jesus Cristo na terra, frisa que quem põe o homem no ministério é Deus.
O ANTES DE O DEPOIS – “FUI” “ALCANCEI” – v13,16
O VELHO HOMEM – Saulo
Podemos conferir todos estes traços em sua biografia nos capítulos de Atos 9;22 e 26; Sua conversão é tão relevante que o Doutor Lucas a registra por três vezes em Atos. Vejamos aqui alguns traços:
1. Blasfemo – v13;
2. Perseguidor – v13;
3. Opressor – v13;
4. Ignorante – v13;
5. Incrédulo – v13.
O NOVO HOMEM – Paulo
1. Grato – v12; Paulo agora é agradecido por tudo que Deus realizara em sua vida;
2. Humilde – v15; Paulo é desprovido de toda a auto-suficiência, prepotência e soberba, e é aqui revelado uma das grandes marcas de seu ministério a humildade;
3. Cristocêntrico – v12,15,16; Hoje, numa época que o antropocentrismo é visível por todos os lados, o homem no centro de tudo; Paulo nos mostra que respirava Cristo a todo momento de sua vida.
4. Adorador – v17; Paulo introduz no final de sua exposição pessoal um cântico de Adoração a Deus, do qual ele chama de – “Rei dos séculos, Imortal, Invisível, Único, do qual é a honra, e a Gloria.
Conclusão – É hora de buscarmos uma profunda experiência de Deus em nossa vida, buscando ter as marcas de um Novo Homem em Cristo Jesus; Oxalá que podemos hoje dizer – hoje sou um novo homem em Cristo.


HOMENS DE ORACÃO...

ADMOESTO-TE, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens - 1Tm2.1
Neste texto Paulo fala que o ministro deve equilibrar a ministracão da Palavra de Deus e a Oração; A Palavra instrui a Igreja, e a Oração inspira a Igreja obedecer á Palavra.
A Igreja que tem muito estudo Bíblico e pouca Oração tem “muita luz, mas pouco fervor”. Ela é ortodoxa, mas fria; E outro extremo é a Igreja que tem muita oração e entusiasmo religioso, mas pouco ensino da Palavra, esse tipo de Igreja produz pessoas com fervor, mas sem conhecimento.
É de suma importância lembrar que Paulo pede a Timóteo orientar os crentes a orar pelos governantes, por que Nero era na época o imperador de Roma e promovia grandes perseguições a Igreja e aos crentes – 54 – 68 d.C.
Pensamentos sobre oração:
Alguém disse - “Nenhum homem é maior do que a sua vida de oração”
“Oração é o termômetro que mede nossa espiritualidade”
1. Oração e sua importância - “antes de tudo” – v1a.
A oração encabeça a lista de Paulo, a igreja local não ora porque se espera isso dela, mas porque isso é vital para a vida dela; O Espirito Santo opera na vida do obreiro por meio da oração e da Palavra de Deus; O obreiro que ora tem “poder” e causa impacto duradouro a favor de Cristo. O obreiro não pode permitir que seu ministério fique sem ser regado com oração; O obreiro deve reservar no seu cotidiano alguns momentos para a oração.
2. Oração e sua natureza – “que façam”– v1b.
A oração praticada pelo o obreiro e automaticamente pela igreja deve possuir alguns tópicos para serem apresentados na oração;
a. “Deprecações”, (ARA) é “suplicas”, ou seja, significam petições em prol do cumprimento de certas necessidades específicas que são agudamente sentidas, pedidos, solicitações distintas – significa contar a Deus suas necessidades;
b. “Orações” – aqui tem o sentido mais geral, significa tudo cujo sentido é culto e adoração a Deus;
c. “Intercessão” – significa uma súplica no interesse de outrem, pedidos a favor do nosso semelhante; É estar na sala de audiência Deus para dialogar com Deus sobre a necessidade de outro;
d. “Ação de Graças” – significa momento na oração para agradecimento a Deus pelo que ele fez.
3. Oração e seu objetivo – “pelos”; “por todos” – v2.
A oração exercitada pelo obreiro deve possuir uma direção, um alvo e objetivo; Paulo aqui instrui o obreiro a orar para que tenhamos uma “vida quieta e sossegada, em toda piedade e honestidade” e “para que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade”. Ou seja, ele estava dizendo que nossas orações devem ter objetivo; Não são poucos os crentes que passam um bom tempo em oração, mas não obtém resultados significativos por não terem objetivos.
4. Oração e sua condição – “sem” – v8
Neste texto bíblico Paulo coloca pelo menos três condições para a oração do obreiro e automaticamente da igreja ser recebida e respondida por Deus;
1. “Sem ira” – ou seja, sem condição emocional para se sintonizar na oração; Deus não opera na ira do homem – Tg1.20; Paulo aqui esta nos orientando que devemos estar com o nosso coração, mente preparados para falar com Deus; O presente versículo indica sem duvida alguma, fala da ira contra nosso semelhantes, sobre o espírito vingativo – Mt18.21-35.
2. “Mãos santas” – ou seja, “puros”; vida pura e obediente a Deus e sua Palavra.
3. “Sem contenda” – ou seja, precisamos não ter nenhuma pendência com o nosso semelhante, precisamos estar na medida do possível gozando de união e paz com todos.
Impedimentos a oração que devem ser observados:-
1. Desobediência – (Dt1.42 – 46);
2. Pecados secretos – (Sl66.18);
3. Indiferença – (Pv1.28,29);
4. Falta de misericórdia – (Pv21.13);
5. Desprezo a Palavra – (Pv28.9);
6. Instabilidade na Fé – Duvidas – (Tg1.6,7);
7. Motivos Fúteis – Motivos egoístas – (Tg4.2);
8. Desajustes no lar – (1Pe3.7).
No obstante, o que o texto enfatiza não é a “postura do corpo” ou a “posição das mãos”, mas a atitude “interior da alma”. As mãos que se erguem devem ser santas, ou seja, devem ser mãos que não estejam contaminadas por delitos anteriores; Uma pessoa que acaba de cometer um homicídio, um adultério, ou roubo não deve imaginar que sem perdão e a reparação, quando essa boa obra for possível, ela agora erguer as mãos numa oração que seja agradável a Deus – Sl24.3,4; Mt5.23,24.
Como ter uma oração eficaz?
1. Ore, mais não esqueça a palavra chave – Jesus - (1Tm2.5; Jo14.14).
2. Ore, mais agradeça – (Fl4.6; Cl4.2; Jo6.11) Temos mais para a agradecer do que para pedir a Deus - (Exemplo Paulo e Silas).
3. Ore, mais persevere – (Ef6.18;Lc18.1;11.5-10) manter horários para orar, ser espontâneos na oração, constantemente voltar o coração para Deus -(Exemplo Daniel).
4. Ore, mais se lembre do seu semelhante – seja Generoso - (1Tm2.1-5)
5. Ore, mais procure saber a vontade de Deus sobre o assunto – (Fl2.13; 2Cor12.1-10).





terça-feira, 11 de maio de 2010

ALGUNS......

Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a ALGUNS, que não ensinem outra doutrina - I Timóteo 1.3,6,19
A sã doutrina e a outra doutrina
É do nosso conhecimento que existe três grandes classes de doutrinas:
1. Doutrina de Deus – (1Tm1.10); que é chamada de “sã doutrina”, “υγιαινω” “hugiaino”, que nos originais tem o seguinte sentido, “ensino de cristãos cujas opiniões estão livres de qualquer contaminação de erro”.
2. Doutrina de Homens – (1Tm1.3,4); que se encaixa no que Paulo chama de fábulas, genealogias interminaveis, ou seja, “ensinos cujo cunho se apoio em ideias e pensamentos humanos sem base biblica e teologica”.
3. Doutrina de Demônios – (1Tm4.1); ou seja, “ensinos cuja a inspiracao é satanica, para promover pertubacao, desturbio, desvio e confusao dentro da Igreja de Deus”, neste ultimos dias estamos vendo o mundo e as Igrejas sendo invedidas por ensinos inspirados pelo mal para prejudicar a Igreja de Deus.
O Aviso de Deus!
Quando Paulo estava partindo de Éfeso, Deus o revelou que no futuro, ou seja, sete anos depois, entraria no meio do rebanho lobos cruéis, que não perdoaria o rebanho – (At20.17-35); Sete anos depois Timóteo era o pastor de Éfeso, e este jovem pastor teve de enfrentar esta situação de desconforto, e combater esta outra doutrina que tentava retalhar o rebanho de Deus naquela cidade.
Lutar ou fugir; Qual é tua escolha?
Como obreiros de Deus devemos estar preparados para combater este tipo de ensino que por muitas vezes quer penetrar na Igreja, através de “alguns”, que por muitas vezes se dizem mestres e doutores da palavra; Nunca podemos nos esquecer que todo ministério marcado pela excelência deve se preparar para enfrentar pelo caminho os “alguns”; Alguns são certas pessoas que ensinam e contradizem a verdadeira doutrina bíblica e mais são produtores de questões e contendas.
É sempre assim, nos dias de Moises apareceram alguns questionando autenticidade de sua liderança – (Nm16.1-50); Nos dias de Davi levantou alguns contra seu Reinado e Governo – (2Sm15); Nos dias de Neemias levantou alguns querendo parar a obra de restauração em Jerusalém – (Nee2.10); Nos dias de Jó levantou alguns questionando sua sinceridade – (Jó4.7); Nos dias de Jesus levantou alguns questionando sua autoridade – (Mc1.21-28; 6.1-6); E também nos dias de Paulo como já se haveria de esperar levantou alguns para questionar sua chamada, seu apostolado, seus ensinos – (1Cor9.1-14; 1Tm1.3).
O preparo do Obreiro!
Todo obreiro deve estar emocionalmente e psicologicamente preparado para estes alguns que se levantam para tira-lhe a paz e provocar questões e contendas entre o povo de Deus.
Estes alguns devem ser advertidos e resistidos pelo ministério que Deus designou para verdadeiramente instruir a Igreja de Deus na terra. Podemos identificar o perfil desses alguns da seguinte forma:
1. São aqueles que ensinam outra doutrina que produz questões que não edificam – vs3,4
2. São aqueles que se desviam da sã doutrina que produz confusão e não instrui – v5-7
3. São aqueles que são contrario a sã doutrina, tornando-se culpado da lei e não a usa legitimamente – v8-11
O combate!
Como o obreiro de Deus deve combater esses alguns que se levantam para perturbar a paz da Igreja de Deus?
1. Resistindo o erro com firmeza e repreendendo seus ensinamentos – (1Tm1.3);
2. Ensinando a sã doutrina aos crentes – (1Tm4.6,11,13);
3. Sendo exemplo daquilo que se ensina – (1Tm4.7,12,15,16);
Vamos estar constantemente preparados e prontos para enfrentar estes alguns que se levantam no nosso caminho.



domingo, 9 de maio de 2010

O PERFIL DE UM OBREIRO AMAVEL

Fl2.25-30



Introducao – O significado de Epafrodito é amavel; O significado do seu nome representa as caracteristicas e marcas inerentes em sua vida: Aprendemos com Epafrodito como ser um obreiro amavel:
1. Um obreiro amavel é um irmao – v 25
Quando se diz irmao, se entende que pertence a mesma familia, temos o mesmo pai, possuimos a mesma educacao e temos a mesma heranca. Isto fala que Epafrodito tinha alcancado um gral de amizade com Paulo que passou de amigo para irmao – Pv17.17.
2. Um obreiro amavel é cooperador – v25
Epafrodito nas estava preso em vaidades de titulos e funcoes; Era um obreiro desprovido de qualquer vaidade pessoal, se contentava de ser chamado de cooperador, ou seja aquele que coopera, aquele que contrinue ao lado de alguem; Ele não estava preucupado de estar na linha de frente da fila; Se contentava de estar ao lado de um gigante espiritual como Paulo. Cooperador é aquele que muitas vezes não aparece nos grandes e mega trabalhos que são desenvolvidos; Mas esta muitas vezes no anonimato e tem uma grande participacão naquele servico.
3. Um obreiro amavel é companheiro nos combates – v25
Se entende que companheiro é aquele que coopera em uma obra; Companheiro é aquele que não permite que caminhemos sozinhos na estrada da vida; São aqueles que não abrem mao de estar ao nosso lado nos desafios ministeriais; Companheiro é aquele que participa de nossos momentos de alegria e tambem de tristeza.
4. Um obreiro amavel é aquele que supre as nescessidades presentes – v25
Epafrodito foi enviado para suprir as nescessidades de Paulo o lider, e tambem da igreja que foi enviado. Epafrodito estava pronto a suprir as nescessidades financeiras como tambem as espirituais da Igreja. O obreiro deve ter em mente que onde quer que ele chega a nescessidades a serem supridas, e como um bom despenseiro de Deus, deve estar pronto para supri-la.
5. Um obreiro amavel é aquele que passa por tribulacoes e não desiste – v26
Epafrodito mesmo sempre um obreiro de grande utilidade, tambem amado pela Igreja e de grandes virtudes, não ficou isento de aflicoes, diz a Biblia ficou doente. Aqui nos aprendemos que mesmos os grandes homens de Deus que estao envolvidos na obra de Deus passam por tribulacoes, sejam elas fisicas ou espirituais. Muitos dizem que os verdadeiros crentes não ficam doentes, isto não é verdade. Muitos atribuem a enfermidade ao diabo, isto não é verdade; Muitos dizem que a enfermidade é consequencia do pecado, isto não é verdade; Crente fiel tambem fica doente.
6. Um obreiro amavel é socorrido por Deus em tempo oportuno – v27,28
Paulo diz que Epafrodito foi atendito por Deus; Deus não permitiu que Epafrodito fosse ceifado por aquela terrivel enfermidade, pois seria uma perca para pelos menos em tres direcoes – Deus na sua obra; Paulo como companheiro; Igreja como obreiro. Aqui aprendemos que o obreiro de Deus por muitas vezes passa por momentos de tribulacoes e aflicoes, mas sempre é socorrido por Deus; Devemos entender que aquele que se coloca a disposicao do Reino, sempre sera assistido pelo Alto e Sublime Trono.
7. Um obreiro amavel é aquele que sempre onde chega, é recebido com alegria e honra – v29
Paulo estava dizendo que Epafrodito provocaria na Igreja alto indice de alegria; Paulo estava dizendo que a presenca de Epafrodito causaria na Igreja muita alegria; Não são poucos os obreiros que em vez de provocar alegria onde chega, são motivos de grande tristeza; Paulo estava dizendo que Epafrodito era digno de Honra, obreiros amados devem ser honrados; O mundo honra tanto pessoas desquelificadas, ebrios, profanos, alcolotras, e drogados; Por que não honrar homens de Deus? Porque não honrar aqueles que dao sua vida em prol do Reino de Deus?
8. Um obreiro amavel é aquele que esta disposto a dar sua propria vida em prol da obra de Cristo – v30
Este versiculo revela muitas coisas – primeiro renuncia, Epafrodito estava disposto a renunciar sua vida por amor a sua chamada e missao; segundo sacrificio, Epafrodito estava disposto a ser sacrificado e tido como martire para concluir sua missao; terceiro fala da sua real entrega, sem reservas para cumprir com exelencia a tarefa que recebeu de levar ajuda a Paulo. Até que ponto vai nossa entrega? Até que ponto destamos dispostos a abrir mao em prol do Reino de Cristo? Até que ponto vai nossa fé para sacrificar?

Vamos ser obreiros amaveis....

terça-feira, 4 de maio de 2010

O VALOR DO PAI ESPIRITUAL....

A Timóteo meu verdadeiro FILHO NA FÉ: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor - I Timóteo 1.2



INTRODUCÃO

Como gosto da expressão Levi filho de Alfeu – Mc2.13; Bartimeu filho de Timeu – Mc10.46; Jesus, Filho de Deus – Mc1.1, pois aqui esta apontado a árvore genealógica do individuo, ou seja, quem é o seu Pai espiritual, quem lhe deu a educação, cultura, princípios e sua formação; Aqui fica uma oportunidade de refletirmos; Quem é meu Pai espiritual?

Com base em Atos 16.1 onde Timóteo é mencionado, não se pode dizer que Timóteo se converteu e conheceu Jesus através do ministério de Paulo, e sim, que o apostolo já o conheceu convertido ao Evangelho, visto que, por assim dizer, procedia de uma família crente e piedosa, como está registrado em Segunda Timóteo 1.5. Mas quando Paulo diz que Timóteo era seu verdadeiro Filho na Fé, este estava se referindo a sua formação ministerial, visto que Timóteo foi um dos autênticos companheiros de Paulo em seu ministério – (2Cor1.1; Fl1.1; Cl1.1; 1Ts1.1; 2Ts1.1).

Esta expressão “verdadeiro Filho” era usada no sentido de alguém que prestava obediência especial e valiosa a um líder espiritual, mais ou menos como os judeus chamavam seus seguidores ou estudantes de um rabino, que eram chamados de “filhos”. Naturalmente, isso não subtenderia, necessariamente, qualquer conversão do estudante por parte do rabino, mas no terreno espiritual, ainda assim manteriam certa espécie de relação paterna filial.

É interessante notar que Paulo chama Timóteo de “verdadeiro filho”, que no grego “γνησιος”, “gnesios”, que corresponde a “legitimatemente nascido, não espúrio, genuíno e sincero”.

Se existe os verdadeiros, nos leva a crer que existe também os falsos filhos; Ou seja, aqueles que estão conosco mas não tem nossa formação ministerial. Portanto temos aqui Paulo declarando que ele teria “dado a formação ministerial” para Timóteo, e que o tal possuía as mesmas características do seu pai – Fl2.19-24, é uma ilustração do significado da expressão e das palavras “de igual sentimento”. A um texto na carta de 1Cor4.14-17, que é um contraste entre Timóteo, que é chamado de filho amado e fiel no Senhor, com os crentes em corinto, que eram filhos amados mas não muito fieis no Senhor.

Paulo amava a todos os seus filhos na fé, mas alguns, porém traziam lhe muita tristeza, ao passo que outros como Timóteo verdadeiro filho, trazia muita alegria ao seu Pai espiritual; Por outro lado como obreiros do Senhor devemos estar preparados para os filhos estranhos – (Sl144.7,11), são aqueles que causam problemas na igreja local e muitas vezes trazem tristeza e dor para o nosso ministério. Como obreiros devemos formar discípulos, filhos na fé, por onde o Senhor nos plantar.

Pois o filho na fé dará seguimento a obra que o Senhor nos confiou; não devemos cometer o grave erro de Josué que não deixou filhos na fé, ou seja, discípulos, e isto trouxe um grande prejuízo a nação – Js1.1; Jz21.25. Hoje estamos enfrentando uma profunda crise de liderança, pois os lideres não se preocupam em dar formação espiritual para seus obreiros, no aspecto ministerial, isto no futuro, trará um grande abismo no que tange a liderança eclesiástica, provocando um profundo prejuízo a Igreja de Deus.

Aqui neste texto temos o “valor de um pai espiritual”, pois é este que da – formação, educação, ética, filosofia, e principio ministerial ao seu discípulo ou filho na fé. Vamos formar verdadeiros filhos na fé, como Paulo, para que estes também comuniquem o que ouviu a homens fieis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros – 2Tm2.2.



TIMÓTEO, UM OBREIRO DIGNO DE SER IMITADO

Timóteo foi um dos OBREIROS mais destacado da igreja primitiva. Não que fosse forte em todas as áreas. Ele era jovem, tímido e doente, mas foi cooperador de Paulo e o continuador de sua obra. A esse jovem líder, o apóstolo Paulo escreveu duas de suas epístolas. Como já vimos sua mãe era judia e seu pai grego - (At6.1).

Timóteo tinha bom testemunho em sua cidade e também fora de seu domicilio - (At16.2). Timóteo foi educado à luz das Escrituras desde sua infância - (2Tm3.14,15). Tanto sua avó Loide, como sua mãe Eunice eram mulheres comprometidas com Deus e com elas Timóteo aprendeu a ter fé sem fingimento desde a sua juventude - (2Tm 1.5). Em Filipenses capítulo 2. 19 a 24, o apóstolo Paulo nos fala de algumas características desse importante obreiro espiritual.

VEJAMOS QUEM ERA TIMÓTEO:

Timóteo, um obreiro que cuidava dos interesses do povo. O obreiro é um servo. Ele não visa seus próprios interesses, mas cuida dos interesses do povo de Deus. Timóteo não cuidava dos interesses do povo para alcançar com isso algum favor pessoal. Ele não usava as pessoas. Sua relação com as pessoas não era utilitarista. O apóstolo Paulo diz: “Porque a ninguém tenho de igual sentimento, que sinceramente cuide dos vossos interesses” (Fp2.20).

Timóteo, um obreiro de vida limpa (caráter provado). Timóteo era um homem de Deus. Sua vida estava centrada em Cristo. Ele era comprometido com as Escrituras, fiel a Cristo Jesus e dedicado à igreja. Timóteo não buscava glória para si mesmo. Ele não construía monumentos ao seu próprio nome. Ele buscava na igreja os interesses de Cristo. Paulo denuncia o fato de existirem na igreja homens que buscavam interesses próprios, porém Timóteo, diferente desses, buscava os interesses de Cristo. Leiamos o registro do apóstolo: “…pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus” (Fp2.21).

Timóteo, um obreiro zeloso. Timóteo tinha zelo pela sua vida e também da doutrina. Ele era um homem consistente na teologia e na conduta. Seu caráter era provado. O apóstolo escreve: “E conheceis o seu caráter provado…” (Fp2.22). Timóteo era um homem irrepreensível, que tinha bom testemunho dentro e fora da igreja. A vida do líder é a vida da sua liderança. Liderança não é apenas performance, mas sobre tudo, integridade. John Maxwell definiu liderança como influência. Um líder influencia sempre: para o bem ou para o mal. A liderança jamais é neutra. Um líder é bênção ou maldição. Timóteo era uma bênção, pois sua vida referendava seu ensino.

Timóteo, um obreiro consagrado à causa do evangelho. Timóteo não era um obreiro subserviente a homens. Ele servia ao evangelho. Paulo escreve: “…pois serviu ao evangelho, junto comigo, como filho ao pai” (Fp2.22). Ele era servo de Deus, dedicado ao serviço do evangelho. Quem serve a Deus não se submete aos caprichos dos homens. Quem serve a Deus não depende de elogios nem teme as criticas. Quem serve a Deus não anda atrás de holofotes. Servir a Deus é servir ao evangelho, é colocar a vida a serviço do reino de Deus na proclamação e ensino do evangelho.

Estamos num momento muito oportuno de transições em nossas Igrejas, uma geração está indo e outra está chegando. Que olhemos para o testemunho de Timóteo e busquemos em Deus a direção para a ordenação de novos obreiros.