4. A PROSPERIDADE É "FRUTO E RESULTADO DE MUITO TRABALHO".
Origem da
palavra trabalho:
A
palavra trabalho vem do latim tripalium, termo formado pela junção dos
elementos tri, que significa “três”, e palum, que quer dizer “madeira”.
Tripalium
era o nome de um instrumento de tortura constituído de três estacas de madeira
bastante afiadas e que era comum em tempos remotos na região europeia.
Desse
modo, originalmente,
"trabalhar" significava
“ser torturado”.
No
sentido original, os escravos e os pobres que não podiam pagar os impostos eram
os que sofriam as torturas no tripalium. Assim, quem "trabalhava",
naquele tempo, eram as pessoas destituídas de posses.
A
idéia de trabalhar como ser torturado passou a dar entendimento não só ao fato
de tortura em si, mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas
realizadas pelos trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores,
pedreiros etc.
A
partir do latim, o termo passou para o francês travailler, que significa
“sentir dor” ou “sofrer”. Com o passar do tempo, o sentido da palavra passou a
significar “fazer uma atividade exaustiva” ou “fazer uma atividade difícil,
dura”.
Só
no século XIV começou a ter o sentido genérico que hoje lhe atribuímos, qual
seja, o de "aplicação das forças e faculdades (talentos, habilidades)
humanas para alcançar um determinado fim".
Com
a especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural
(especialmente a Revolução Industrial) da humanidade, a palavra trabalho tem
hoje uma série de diferentes significados, de tal modo que o verbete, no
Dicionário do "Aurélio", lhe dedica vinte acepções básicas e diversas
expressões idiomáticas.
O trabalho e a qualidade de vida.
Se o tema “qualidade de vida” já é complexo por si
só, sua magnitude e dificuldade tornam-se ainda maiores quando relacionados ao
trabalho.
Nossa sociedade ainda é uma sociedade do
trabalho. A jornada de 40 horas semanais
ainda é um padrão, pelo menos no Brasil. Há empregos e profissões os mais
diversos. Por trás de cada trabalhador há uma pessoa, com personalidade, com
sua família, com sua visão do mundo e com sua forma de relacionar-se.
Estar empregado tem a ver com a consciência de
pertença social do individuo: promove seu status, independente do tipo de
emprego que possuir. Ao contrario, se o individuo estiver desempregado será
considerado socialmente como improdutivo, um coitado, um incapaz, um sem sorte
na vida. Dessa forma, o emprego é um determinante fundamental de auto-estima.
Quem trabalha alcança:
1.
Realização social – aquisição de bens
materiais
2.
Realização psicológica – auto realização
pessoal
3.
Realização profissional – oportunidade
de mostrar seu talento
Estar trabalhando já é, em si, terapêutico, como já sabemos. A
desocupação leva ao tédio, a insastifação consigo próprio, a diminuição da
auto-estima, alem de trazer problemas psicológicos. Freqüentemente notamos que
as pessoas que se aposentam ou deixam de trabalhar ficam deprimidas, insatisfeitas
e ate neuróticas.
Mesmo quem se
aposenta deve se dedicar a alguma atividade, desde que tenham condições para
isso. O trabalho não pode ser apenas um momento de ganhar dinheiro para usá-lo
com prazer; ele pode ser “um prazer” em si. Só assim será uma fonte de
qualidade de vida para você.
Algumas dicas para melhorar sua condição de
trabalho:
Todos
os conselhos são gerais e inespecíficos. Por isso, vamos passar agora do geral
para o particular. Vamos dar sugestões para você utilizar no seu dia a dia.
1.
Adote a lei da
compensação – se trabalhou durante oito horas árduas, procure ficar pelo menos
duas horas sem fazer absolutamente nada, ouvindo musica, relaxando, brincando
com filhos, praticando esportes, para compensar o cansaço físico e mental. Se
trabalhou no meio de muita gente, procure passar um tempo sozinho; se trabalhou
num ambiente muito barulhento, procure ficar algum tempo em completo silêncio.
2.
Procure ser organizado –
saiba sempre onde estão as coisas de que necessita sem ter de ficar procurando,
evite ficar pedindo as coisas aos outros o tempo todo, procure uma cadeira bem
confortável com uma boa altura da mesa, use agenda e não agende mais coisas do
que é capaz de fazer.
3.
Coloque coisas que lhe
lembrem felicidade e bem estar sobre sua mesa (assim saberá sempre por que se
empenhar): retratos da família, objetos de estima, flores e etc...
4.
Trabalhe, se puder, com
musica ambiente relaxante; isso evitará uma parte de seu estresse.
5.
Não queira fazer tudo num
dia só e nem fique desesperado porque não conseguiu fazer tudo o que planejava.
Procure ser menos severo consigo mesmo, aceite suas limitações sem desacreditar
de seu potencial.
6.
Estabeleça prioridades
para não se afundar nos compromissos e acabar não cumprindo nenhum deles, mas
tente cumprir os compromissos agendados até o fim.
7.
Tente manter o seu humor
o melhor possível - mas não seja bem humorado por obrigação, porque não
conseguirá enganar ninguém
8.
Quando estiver com algum
problema pessoal, não fique com ele para si; sempre haverá um amigo confiável a
quem possa contá-lo e pedir ajuda; Se precisar ir ao medico, ou psicólogo, não
tenha duvida em pedir licença do trabalho, mesmo que isso implique perda
econômica, faca disso algo mais importante do que o dinheiro.
9.
Procure refletir sobre o
que você faz – Ao final de cada dia, avalie seu desempenho, veja se esta sendo
criativo se deu o melhor de si, o que o esta impedindo de produzir mais ou de
ser mais feliz no trabalho.
10.
Não tenha medo – medo
paralisa as pessoas. Tenha coragem de dizer o que sente, o que esta errado e
também o que está bom. Saiba reclamar e agradecer. Saiba ser autentico, descubra
qual é o seu diferencial de autenticidade e o que você sabe fazer melhor do que
os outros. Sempre há alguma coisa que fazemos melhor do que outras pessoas.
11.
Não trabalhe acima da sua
capacidade – lembre-se de que a medicina do trabalho estabelece uma jornada de
44 horas semanais como limite a saúde do trabalhador.
A prosperidade tem como fonte o trabalho.
A necessidade de aborrecer a preguiça e
amar o trabalho – (Provérbios 13.4). O
autor sagrado Salomão, um dos homens mais sábio e ricos da terra, oferece-nos
aqui um comentário sobre a preguiça, contrastada com a diligência (trabalho).
Vamos ver desgraça, vergonha versos felicidade e honra.
A desgraça e a
vergonha dos preguiçosos.
O preguiçoso sonha com as riquezas, mas
não tem coragem de seguir o seu sonho, e termina por nada conseguir, algumas
vezes nem ao menos o suficiente para comer. O máximo que o preguiçoso pode
fazer é trabalhar desejando ansiosamente coisas boas, mas não é capaz de
traduzir esse desejo em ação e realidade.
Veja quão loucos e absurdos
eles são; eles desejam os ganhos do diligente, mas não fazem os mesmos esforços
que os diligentes; eles cobiçam tudo o que há para ser cobiçado, mas não
desejam fazer nada do que deve ser feito; e, portanto, coisa nenhuma alcançam; “se alguém não quiser trabalhar, não coma
também” disse
Paulo - (2Ts3.10). O desejo do preguiçoso, que deveria ser o seu
estímulo, se torna o seu tormento; o que deveria ocupá-lo, o deixa sempre
desconfortável, e representa realmente um maior esforço para ele do que o
trabalho viria a ser.
A felicidade e
a honra dos trabalhadores.
Em contraste, do preguiçoso temos um homem
que obtém o que deseja porque trabalha para isso. Ele fica satisfeito -
(Pv11.23). Ele engorda com as suas riquezas. “Gordo, ele se torna rico; aumenta no número de coisas temporais que
possui: ele adquire grande prosperidade”. Assim, por semelhante modo, acontece
às questões materiais.
Os diligentes engordam; eles terão abundância, e
desfrutarão dela confortavelmente, e ainda mais, por ser o fruto da sua
diligência.
Por esta razão
afirmo, quem deseja a prosperidade, deve também desejar muito trabalhar.