O SENHOR É CONTIGO, HOMEM VALOROSO...

"NÃO TENTE SE TORNAR UM HOMEM DE SUCESSO. EM VEZ DISSO, TORNA-SE UM HOMEM DE VALOR." - ALBERT EINSTEIN

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

QUAL É O PRECO DE UM FILHO?

Com a estabilização financeira, Flávia e Abílio decidiram ter Sophia. A menina faz companhia a Rodrigo, de 7 anos, fruto do primeiro casamento de Flávia
Pressão da família é comum e inofensiva, dizem os especialistas. O problema é quando os filhos cedem a ela e, sem vocação, buscam a maternidade ou paternidade. Não foi o caso dos empresários Linda Suzuki, de 37 anos, e Rodolfo Simões, de 45, casados há 15. Adoravam crianças e pensavam em ter um filho um dia, mas sem pressa. Após oito anos, o pai de Rodolfo, Manoel, demonstrou claramente o que significa pressão familiar. ''Depois de pedir várias vezes um netinho, ele me comunicou que iria marcar um médico porque eu devia ter algum problema'', conta Rodolfo.
Sem reação, o empresário compareceu à consulta, passou por exames e Manoel constatou que estava tudo bem com a fertilidade do filho. Curioso é que a ''pressão'' chegou na hora certa. Três meses depois, Linda estava grávida de Caroline, hoje com 8 anos. ''No fundo, eu e Linda já achávamos que era a hora'', diz Rodolfo. Na opinião de Linda, o sogro, que morreu há três anos, achava que seu filho estava rompendo a ordem natural das coisas. O casal já sente saudade das mamadeiras e planeja a chegada de um irmão para breve. Pais por acidente, que não pretendiam ter filhos, podem até ser responsáveis pela criação de jovens rebeldes com causa, alertam os especialistas. Os casos vão desde o adolescente sem carteira, que pega o carro para dirigir com a permissão da mãe e do pai que, sem paciência, optam por não se aborrecer, até os de violência familiar, e em todas as classes sociais. ''O momento de ter um filho deve partir de um desejo real, e não de uma grande expectativa, pois aí o risco de frustração é grande'', atesta a psicóloga Teresa Creusa Negreiros, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ).
Segundo ela, idealizações devem ser eliminadas para não virar exagero. ''No mais, os pretensos pais devem buscar curtir a relação com os filhos, cuidar deles, doar amor, mas tendo sempre em vista que não é uma relação de prazer o tempo todo'', aconselha. O recado dos especialistas é claro: ser mãe e pai é uma balança de créditos e débitos e, claro, deve-se educá-los na busca de mais créditos.

QUANTO CUSTA UM FILHO
De 0 a 3 anos
R$ 26 mil (em média, R$ 6.500 por ano)
De 4 a 6 anos
R$ 45 mil (em média, R$ 15 mil por ano)
De 7 a 10 anos
R$ 70 mil (em média, R$ 17.500 por ano)
De 11 a 14 anos
R$ 86 mil (em média, R$ 21.500 por ano)
De 15 a 17 anos
R$ 66 mil (em média, R$ 22 mil por ano)
De 18 a 23 anos
R$ 125 mil (em média, R$ 25 mil por ano)
Fonte: pesquisa de Luís Carlos Ewald, professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas



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